Vulcões no sul do Chile: Lanin, Villarrica, Osorno, Llaima

Em dezembro de 1996 e janeiro e fevereiro de 1997, fiz uma bela viagem no sul do Chile. Nas primeiras semanas, enquanto esperava por amigos que estavam por chegar, subi alguns vulcões na região dos Lagos Andinos:

- Lanin 3776m (Cordillera de los Andes (Sur), Argentina/Chile; 29/Dezembro/1996)

- Villarrica 2840m (Cordillera de los Andes (Sur), Chile; 02/Janeiro/1997)

- Osorno 2652m (Cordillera de los Andes (Sur), Chile; 09/Janeiro/1997)


Após estas escaladas, parti para uma bela expedição, descrita com maiores detalhes no link a seguir:

Expedição Brasileira na Patagonia Ocidental

Depois desta expedição fomos para o Parque Nacional Torres del Paine. E após o Paine, pegamos um vôo de Punta Arenas para Puerto Montt e fomos subir o vulcão Llaima, antes de voltar para o Brasil.

- Llaima 3125m (Cordillera de los Andes (Sur), Chile; 20/Fevereiro/1997)


A seguir estão algumas fotos:

Foto: Vulcão Lanin (3776m)


Foto: No cume do Vulcão Lanin.
Subi o Lanin junto com meu amigo Camilo Rebouças, que estava de passagem pelo Chile. Fizemos a subida em 2 dias, pela via normal, dormindo dentro de um refúgio. No segundo dia, o tempo fechou enquanto subíamos e no cume não pudemos desfrutar da vista.



Foto: Vulcão Villarrica (2840m), visto da cidade de Pucón.
Subi o Villarrica sozinho. É uma escalada bastante simples, mas muito bonita. O Villarrica é um vulcão ativo. No cume, pode-se ver a cratera do vulcão, que está constantemente soltando fumaça.


Foto: Vulcão Lanin, visto do cume do Vulcão Villarrica.




Foto: Puerto Montt, no Chile. Ao fundo, os vulcões Osorno (esquerda) e Puntiagudo (direita).



Foto: Na guarita do guarda-parque, com o Vulcão Osorno ao fundo.
Peguei uma carona para subir pela estradinha de terra que leva até o local desta foto. O tempo estava ruim e precisei passar 5 dias esperando pela melhora. O guarda-parque (na foto) me deixou ficar durante estes dias numa casa abandonada da antiga estação de esqui (que pode ser vista no canto esquerdo da foto, no fundo). Quando o tempo abriu, escalei o Osorno sozinho.


Foto: Pôr-do-Sol no vulcão Osorno.



Foto: Vulcão Llaima (3125m)
Subi o Llaima junto com meu amigo Roberto Vilela. Foi uma grande aventura tanto para chegar quanto para sair da região pegando carona. Subimos o Llaima por uma rampa de pedras soltas (face norte, foto acima), sem passar por glaciares. No cume pode-se ver a bela cratera deste vulcão ativo.

Texto e fotos: Roberto Lacaze

Travessia da Serra da Mantiqueira - 1996

Em julho de 1996 realizei uma linda travessia nas montanhas da Serra da Mantiqueira, desde o Pico Marins até Visconde de Mauá. Trata-se da união das travessias Marins-Itaguaré, Serra Fina e Rebouças-Mauá, feitas em solitário e sem reabastecimento de mantimentos e comida. Acredito que foi a primeira vez que alguém fez essa travessia, dessa forma, completa.
A travessia durou 11 dias (onde 10 dias foram caminhando e 1 dia fiquei parado na Marins-Itaguaré, por más condições climáticas e muita neblina).

Abaixo está um comentário que escrevi em meu diário de viagem, em julho de 1996:

Desde o início do ano eu já vinha sonhando com uma caminhada que atravessaria a porção mais alta da Serra da Mantiqueira. Na verdade esta seria uma união de três caminhadas já conhecidas das pessoas que freqüentam as trilhas da Mantiqueira. No entanto, eu nunca tinha ouvido falar de alguém que tivesse feito estas três caminhadas de uma só vez, uma seguida da outra. A caminhada consistiria em fazer primeiramente a travessia Marins-Itaguaré que termina aproximadamente no início da travessia da Serra Fina. Assim, após fazer a travessia da Serra Fina, eu estaria ao lado do Parque Nacional do Itatiaia e faria a travessia do Abrigo Rebouças à Visconde de Mauá. Além disso, a idéia era fazer toda a caminhada de uma forma contínua e auto-suficiente, sem reabastecimento de comida durante o percurso (ou seja: tudo o que eu necessitasse deveria estar levando em minha mochila).
Fui aos poucos me informando do percurso. As travessias Marins-Itaguaré e da Serra Fina são consideradas difíceis devido ao fato de a trilha não ser muito definida. A travessia Marins-Itaguaré, por exemplo, é uma caminhada bastante recente. Foi feita pela primeira vez em agosto de 1990, mas foi somente numa expedição organizada em 1993 pelo Centro Excursionista de Campinas que a trilha foi sinalizada e divulgada. Já a travessia da Serra Fina, embora mais antiga, é muito pouco freqüentada, de forma que a trilha é bastante fechada e mal sinalizada. A clássica travessia Rebouças-Mauá, no Parque Nacional do Itatiaia, foi muito freqüentada tempos atrás e por isso apresenta uma trilha bastante aberta na maior parte do percurso. O grande problema desta caminhada é que ela é proibida. Então, a única forma de se fazer esta travessia atualmente é na clandestinidade, correndo o risco de se levar multas pesadas.

Felizmente deu tudo certo. Foi uma bela experiência passar esses dias sozinho caminhando pelas montanhas da Serra da Mantiqueira.

Marins 2422m (Serra da Mantiqueira, SP; 04/Julho/1996)
Marinzinho 2432m (Serra da Mantiqueira, MG/SP; 06/Julho/1996)
Alto do Capim Amarelo 2392m (Serra Fina, MG/SP; 09/Julho/1996)
Pedra da Mina 2770m (Serra Fina, MG/SP; 10/Julho/1996)
Cupim de Boi 2525m (Serra Fina, MG/SP; 10/Julho/1996)

Três Estados 2665m (Serra Fina, MG/RJ/SP; 11/Julho/1996)


Foto: Vista do cume do Pico Marins, olhando o Marinzinho (esquerda) e o Itaguaré (direita)

Foto: Após passar pelo Marinzinho (visto ao fundo)

Foto: Pico Marins (esquerda) e Marinzinho (direita)

Foto: Pedra Redonda (em primeiro plano), Pico do Itaguaré (em segundo plano) e Serra Fina (em último plano)

Foto: Acampamento, com o Pico do Itaguaré ao fundo

Foto: Alto do Capim Amarelo, na Serra Fina. Ao fundo pode-se ver o Marins e o Itaguaré.

Foto: Serra Fina

Foto: Em primeiro plano: Pico dos Três Estados (esquerda) e Cupim de Boi (direita). Ao fundo: maciço de Itatiaia e a Serra Negra

Foto: Pico Cupim de Boi (esquerda) e Pico Cabeça de Boi (centro), na Serra Fina

Foto: Maciço de Itatiaia, visto da Serra Fina: Pedra do Altar, Agulhas Negras e Couto (no centro) e Prateleiras (à direita)

Foto: Pedra do Picu, vista do final da travessia da Serra Fina

Foto: Pico de Agulhas Negras, ao amanhecer

Foto: Pico de Prateleiras, ao amanhecer

Foto: Pico de Prateleiras, ao amanhecer

Foto: Geada, com o Morro do Couto ao fundo. Nessa noite fez -6ºC

Foto: Lago, pouco antes da Pedra do Altar

Foto: No vale do Aiuruoca

Foto: Planta congelada

Foto: Cachoeira do Aiuruoca

Foto: Pico de Agulhas Negras, ao amanhecer, visto pelo "lado de trás", no último acampamento (na crista do Pico Maromba, antes de descer em direção à Maromba e Visconde de Mauá)

Foto: Cachoeira desconhecida, antes de chegar na Maromba

Foto: Comemoração num boteco em Visconde de Mauá, antes de pegar uma carona para Rezende

Texto e Fotos: Roberto Lacaze

Curso de Escalada em Gelo - 1996

Em janeiro de 1996, com 20 anos de idade, fui para Argentina, onde fiz um curso básico de escalada em gelo em Bariloche. Depois fui para o Cordón del Plata, em Mendoza, com meus amigos David e Marcos, onde subimos o Cerro Vallecitos. Eu e o Marcos, fizemos ainda uma tentativa de subir o Cerro Aconcagua.

Subimos as seguintes montanhas:

- Tronador - Pico Argentino 3350m (Cordillera de los Andes (Sur), Argentina; 14/Janeiro/1996)

- Vallecitos (cume sul) 5500m (Cordon del Plata, Argentina; 27/Janeiro/1996)


Foto: Cerro Tronador (Bariloche, Argentina)


Foto: Cerro Tronador, ao amanhecer (Bariloche, Argentina)

Foto: Cerro Vallecitos 5500m (Cordón del Plata, Mendoza, Argentina)

Texto e Fotos: Roberto Lacaze